As assessorias sabem quem são os jabazeiros

Mais uma vez as assessorias de imprensa trazem para o consumidor de notícias informações sobre seus “representantes”, aqueles que deveriam filtrar informação com isenção e relatar com objetividade.

Tem sido uma constante neste blog. Um lado do balcão, parece, se eximiu de falar.

Insisto: vale a mensagem, não o mensageiro.

26 Responses to As assessorias sabem quem são os jabazeiros

  1. Rinus Mitchells disse:

    Esse papo de “vale a mensagem, não o mensageiro” é bem estranha.

    Pq eu haveria de dar crédito à mensagem se nem sequer sou introduzido ao mensageiro?

    Por essa mesma lógica, opto por acobertar-me.

  2. Julioa Ribas disse:

    Gente, vamos mudar um pouco o assunto, coitado do cara, vcs só falam nele, mudem um pouco a assunto, ESTA FICANDO UM SACO, SEMPRE A MESMA PESSOA. Porque não falar do pessoal que cobre veiculos, estes sim sao jabazeiros ou o pessoal que cobre turismo, mais jabazeiros ainda.
    Ou entao os grandes veiculos.
    Sinceramente esta ficando um saco é sempre o mesmo alvo!!!

  3. Assessora Tecnologia disse:

    Ola,
    Trabalho como assessora de tecnologia, e se for contar os casos de jabas que aparecem por aqui, teria que escrever um livro.
    Quanto maior a relevancia do veiculo, pior é a pressão.
    O pessoal de tecnologia, como UOL , ZUMO, PC Magazine e EGM são os piores, a EGM entao nunca devolve os produtos que enviamos,sempre tem uma desculpa.
    O ZUMO fica ligando pedindo o calendario das viagens.
    PC Magazine segue o padrão EGM, precisa ligar umas 10 vezes para devolução.
    Acho bom parar por aqui.

  4. Hiro disse:

    Vai uma dica e um desafio, porque nao colocar um post sobre o jaba com blogueiros famosos, como Inagaki, Interney, Brogui, Bobagento entre outras.
    Isto sim seria legal, os caras recebem muitos jabas, desde cigarros, geladeiras, tenis, George Foreman Grill e dai por diante.
    Afinal de contas eles tambem estao na midia e fazem mais sucesso que muito site por ai.
    Esta lançado o desafio!!!

  5. antijabacule disse:

    Hiro, blogueiro e jornalista não é a mesma coisa. Lamento que pessoas com essa expressão on-line recorram à mendicância, mas elas não são o foco deste blog por não praticarem jornalismo. Aí vai do caráter de cada um. No caso de trabalhos jornalísticos não, os jabazeiros ferem a ética e mancham minha profissão, fazendo com que eu seja medido pela régua deles.

  6. Maria Rai disse:

    Voce esta errado,blogueiro pratica jornalismo SIM, eles frequentam coletivas, recebem releases e tem pautas. Que mundo voce vive?
    O que voce fala do Noblat OU DO Inagaki (formado pela Casper),todos eles tem blogs. Blogs tem muito mais visitas que varios sites famosos.
    Concordo com o Hiro, se voce tiver coragem (!?!?) coloca um post falando sobre jabas nos blogs
    Que tal falar dos “grandes” nomes do jornalismo hein, ao inves de ficar com um pe-rapado que ninguem conhece, li nomes interessantes por aqui, como Cora Ronai,Prescot, ZUMO.
    AGORA QUERO VER SE VOCE TEM CORAGEM MESMO OU VAI FICAR NESTA LENGA-LENGA

  7. tarcizio disse:

    Penso que blogueiro é jornalista sim. O cara pode não ter diploma, formação, mas acaba por informar e se comunicar com muitas pessoas. E muitos deles usam posts pago… etc
    Acho que se o limiar entre propaganda e conteúdo jornalístico estiverem bem separados no post , não existe problema.
    O problema é enganar o leitor e coloca-la no meio da matéria ou em seu conteúdo implicitamente.
    Mas, de acordo com meu gosto particular, eu não gosto de nenhum tipo de propaganda em conteúdos que partem não de um veículo, e sim apenas de um jornalista.
    Minha defesa é não ler nada dessas pessoas.

  8. antijabacule disse:

    Maria e Tarcizo, há blogs e blogs jornalísticos. Interney não possui blog jornalístico, por exemplo. Portanto, se o debate aqui é a ética jornalística, ele está fora dessa jurisdição (reitero que o hábito de ganhar presentes e enganar seu público é igualmente lastimável, mas fora do âmbito desta discussão). Não é um diploma que separa o blog do jornalista, mas sim sua temática. Vocês estão dizendo que qualquer blog é jornalismo? Se assim fosse, qualquer programa de TV ou rádio é jornalismo? Agora, até pelo volume de mensagens, se considerarmos importante policiar os blogs de forma geral, teríamos de falar do post pago, esse sim, um tremendo engana-leitor, apesar de, reitero, em boa medida não ser praticado em ambiente jornalístico. Vamos?

  9. Renato disse:

    É…acho que as assessorias têm mesmo muita coisa para contar. Quanto à discussão dos blogs, concordo com o Bruno. Há blogs jornalísticos e outros não. Mas me intriga a posição dele de não trazer ao debate essa mídia – afinal, como a maria rai disse, muitos são mais lidos que vários veículos de nome. Não devolver produto é coisa feia. Tão feia quanto falar bem dele só pq foi presente. Mas a questão é: como perceber isso?
    Tb sugiro ao dono do blog simplesmente limar msgs imbecis como a do “Medico do Amor”. Ou as pessoas comportam-se como adultos, ou fora. Vão ver site pornô.

  10. Glauber disse:

    O que é um jabá?

    Uma viagem totalmente paga para conhecer um produto ou acompanhar um evento é um jabá? Na sua régua é, mas se o jornalista escrever com isenção (inclusive metendo o pau, como é comum nos veículos importantes, seja em autos, seja em música) e a matéria dele indicar claramente que houve uma viagem a convite, acho que a transparência deixa elementos para o leitor julgar por si, não?

    99% das reportagens de carros novos da Folha, por exemplo, são em viagens a convite, e mesmo assim rola um cacete nos carros, quando é o caso. Outro exemplo, comum na Folha e outros jornalões: os chamados “junkets” para lançamentos de filmes, geralmente nos EUA, que incluem uma sessão exclusiva do filme e entrevistas com os atores envolvidos. Isso é jabá? Viajar para dar informação é jabá? E se o cara for pra lá, fizer uma bela matéria, boas entrevistas, e ainda falar mal do filme, apesar de ter aceito a viagem e eventualmente ganhado uma camiseta, uma mochila ou alguma outra bobagem de brinde? Ele é jabazeiro? Caia na real, jornal não é fábrca de dinheiro, se não aceitarem essas viagens, não tem matéria. Melhor isso do que usar material insosso de agências…

    Quanto ao que alguns comentaristas mencionaram aqui, de emprestar produto para teste e estes não serem devolvidos, isso não é jabá, é roubo. Quem emprestou deveria fazer BO. No caso dos críticos de música, eles ganham CDs — isso é jabá? Ou é trabalho? Os jornalistas de autos pegam os carros pra andar por um tempo, devolvem e fazem a matéria; isso é jabá? Como vc queria que eles fizessem? Comprassem cada carro que é lançado? Só a Quatro Rodas faz isso, pq nada em dinheiro. Imagina se a Folha, o Estado, UOL, Terra e sei lá mais quem fossem comprar cada carro que sai no mercado… Ou então é melhor não dar matéria?

    Pode apostar que logo mais vai ter matéria sobre o show da Madonna nos maiores jornais, com os críticos viajando a convite da gravadora ou da produção. OK, os jornais poderiam mandá-los por conta própria, mas, se confiam no jornalista, conhecem sua isenção, pq gastariam com a viagem, se alguém se dispôs a pagar? E, me diga: é ou não é interessante ter críticas do show da Madonna com antecipação em relação ao show?

    Enfim, acho que vc precisa definir um pouco melhor o q é jabá.

  11. Butchmo disse:

    Interessante a mensagem do Glauber. Há que se separar o joio do trigo.

    Outro dia o caderno Ilustrada, da Folha, deu capa para o Metallica. O jornalista viajou a convite da Universal e, CLARO, não pôde deixar de mencionar a gravadora (com um elogio muito mal velado) na matéria. É um parágrafo desconexo, a matéria poderia muito bem passar sem isso.

  12. Antonio disse:

    Como deu para perceber, o escritor anonimo deste blog tem rabo preso.
    Quando sao sugeridos novos assuntos e nomes de grandes jornalistas ele recua e da uma desculpa muito esfarrapada com palavras bonitas.
    Diz que nao quer falar de blogs,mas o assunto é sempre o mesmo blog.
    Deu para perceber como ele protegeu o Interney ou foi impressão minha?
    Blogs são sim meios jornalisticos, blogueiros vao para as coletivas,recebem releases e as assessorias fazem follow.
    O QUE MAIS SERA NECESSARIO PARA CARACTERIZAR ISSO COMO JORNALISTICO? A FALTA DE UM RIDICULO DIPLOMA?
    Falou bem a Maria, “vai mudar ou ficar nesta lenga-lenga”?
    Vai cara, toma coragem e poe a cara para bater, faça um post com os grandes nomes que recebem jabas, ou vai ficar se acovardando por causa do rabo preso?
    Ficar chutando cachorro morto é facil quero ver chutar um pitbull.

  13. tarcizio disse:

    Repito que o que me aflinge é o jornalista enganar o leitor. Não avisar que foi a convite de quem quer que seja ou não avisar o leitor que ganhou isso ou aquilo de uma empresa.
    Enganar é o problema. Sempre foi o problema. Mentir. Omitir.
    E outra coisa: Sempre acreditei que “quem paga, dá as ordens”.
    Será que o jornalista escreveria do mesmo jeito se não tivesse recebido nada em troca?
    É uma questão de ética.
    Quanto mais informação melhor… agora, omissão é cruel.

  14. Antonio disse:

    Es blog já FOI MELHOR, o dono agora esta limando meus comentarios.
    ENTAO FICA ASSIM, ELE SO PUBLICA O QUE INTERESSA E NAO ACEITA CRITICAS
    QUE COISA TRISTE, MUITO TRISTE

  15. Zileide disse:

    As assessorias já sabem que é voce Bruno Garattoni (Superinteressante) e tem como colaborador o Henrique Martins (Zumo e MacWorld), que todos sabem é um puta jabazeiro, topa qualquer viagem e recebe jabá para escrever no blog!
    As assessorias já descobriram, graças a uma cagada sua.

  16. Tárcio Mendes disse:

    Gente, eu sempre achei o Paulo Couto um gato.

    Não importa se é carioca, barrigudo e jabazeiro. Eu nunca vou deixar de ler uma coluna vagabunda dele naquele fórum.

  17. Descobriram a identidade do trouxa que mantém esse blog faz tempo. No Estadão todo mundo sabe quem é o autor desse blog inútil e patrulheiro. As histórias dele no caderno Link são muito legais. A diferença é que tem gente que o leva a sério. No Estadão e nas grandes redações ele é simplesmente ignorado por conta da sua covardia. Patético.

  18. Renato disse:

    Não interessa ser o BRuno o autor deste blog. Não vamos personalizar a discussão. Vai começar td de nvo…será que somos incapazes de debater acima de agressões pessoais? A questão é: o qto o jabá afeta o conteúdo do que é publicado? Há como notarmos isso em um texto?

  19. antijabacule disse:

    Renato, continua sendo esse o meu propósito. Há a natural expectativa por sangue, mas de alguma forma ele precisa ser documentado. Peço ajuda aos que freqüentam essa comunidade para comunicar mais casos de ofensa à prática do jornalismo. Obrigado.

  20. Santa Claus disse:

    Caro,

    Me tira uma dúvida…. Se uma empresa de tecnologia manda um produto para o cara da editoria testar e, depois de testado, o produto é devolvido… Isso é jabá e falta de ética ou não?

    Da mesma forma…. Se um novo resort paga a viagem de um jornalista para conhecer seus quartos e instalações, é jabá ou não?

    Quando a montadora cede o carro para testes… é jabá ou não?

  21. Cássia A. Silva disse:

    Pois é, Santa Claus, suas perguntas são bem pertinentes!

    Na minha opinião, o problema real do jornalismo é que tem muita gente que escreve sobre coisas que desconhece, dá notas sobre produtos não avaliados por pura simpatia à marca ou ainda emite opiniões absolutamente desnecessárias.

    Com bastante conhecimento nos “dois lados do balcão”, tenho certeza de que o problema da imprensa é bem diferente do que é exposto aqui. Por isso, aproveito seu questionamento para acrescentar:

    – Como é que uma editora qualquer poderia comprar todos carros para testar? (só a Abril poderia fazer isso, mas jamais faria…)

    – Por que é falta de ética dar alguma lembrancinha em um evento, se até aniversário de crianças e casamento têm mimos para que os convidados se lembrem da data?

    – Qual é o problema de servir um almoço pós eventos se, na correria do dia-a-dia, jornalista mal tem tempo pra comer? (deveríamos fazer coletivas no fim da tarde, longe dos horários das refeições??? quantos jornalistas podem sair da redação depois das 15h???)

    – Professores têm descontos pra comprar livros e avaliá-los antes de recomendarem aos alunos… isso é jabá ou a categoria tem grana suficiente pra comprar tudo?

    – Quantos jornalistas que cobrem o mercado de TI recebem salários capazes de levá-los ao Vale do Silício ou à Índia, por exemplo?

    – Quantas editoras do país pagam frequentes despesas com viagens, cursos, produtos e outras ferramentas de trabalho, se mal pagam jornalistas?

  22. Renato disse:

    Pq o blog morreu?

  23. Leonardo disse:

    Pois é… Eu tava me perguntando a mesma coisa… Já tem um mês que o blog não é atualizado. Será que os jabazeiros de plantão descobriram o autor desse blog e resolveram por um fim nele? Caramba, se isso tiver acontecido, temos de nos unir e fazer mais blogs contra jabazeiros nas notícias…

  24. tarcizio disse:

    Pq o blog morreu? (2)

    Eu acho que receber coisas para testar pode ou não ser jabá.
    Depende do que pensa o jornalista e da sua firmeza de carater e ética.
    Se ele for uma pessoa honesta com seu leitor e consigo mesmo, ele pode achar a empresa até mesmo idiota de te dar uma porcaria para testar.
    Acho que o problema está neste jornalista esconder do seu leitor que ele recebeu o “produto para teste”.
    Mas o problema ético não acaba aí.
    O problema é filosófico e lógico.
    O jornalista ou blogueiro é um ser humano. Seres humanos têm tempo e espaços limitados. Portanto, o jornalista que “pauta” sua profissão em apenas testar os produtos que recebe e dar seu parecer é alienado na sua condição primordial de informar com isenção ( na minha opinião, não é obrigatória em alguns gêneros jornalísticos), diversidade de fontes e transparência.
    Ele dará sua opinião apenas sobre os produtos que recebe, e isso, na minha opinião, é opção de um jornalista fraco. Fraco de outras fontes que não o próprio produto.
    Sem contar que recebendo tantos produtos, esse jornalista poderá acabar seduzido pelas marcas doadoras, por não ter que gastar mais nenhum tostão de seu salário com produto nenhum. Isso pode acontecer inconscientemente.

    Abraço a todos,
    com votos de novas discussões

  25. Lampião Moderno disse:

    Caro “jabanão”,
    visitei pela 1ª vez este blog.
    Muito legal, bacana, e polêmico.
    Mas na boa, mesmo, o assunto do blog teria relevância se alguém levasse o jornalismo a sério.
    Me fale, você acredita que alguém leve a sério isto?
    Você acha que alguém em pleno XXI creia que jornalismo é profissão, e que deva ter até código de ética?
    Estou em dúvida se você é um idealista ou um fanfarrão.
    Espero que seja idealista.
    Boa sorte;
    Lamp

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