Você, que é consumidor de notícias na imprensa tradicional, pode não saber, mas está cada vez mais recorrente a prática da iniciativa privada de pagar todas as despesas de jornalistas em viagens nababescas que, depois, têm como resultado a publicação de matérias favoráveis em seus respectivos veículos.
Falo especificamente das editorias de carros/veículos e turismo. Sem qualquer noção profissional (ou mais grave, de vergonha na cara), jornalistas têm bancados seus gastos de hospedagem e alimentação, como se isso não fosse ter implicação alguma na necessária isenção que separa o jornalista do farrista.
Mais: muitas vezes ganham diárias e presentes, uma relação nefasta e que deveria redundar, imediatamente, no desligamento sumário da folha de pagamento de uma empresa que tem no jornalismo seu pilar maior de credibilidade.
O próximo escadaloso trem da alegria já está programado: é da montadora GM, que levará jornalistas ao México para o lançamento de um novo veículo. Prometo aqui publicar, em breve, a relação de todos esses “profissionais” que envergonham o jornalismo.
Trata-se de iniciativa de utilidade pública, já que você, como leitor/telespectador/ouvinte, poderá reclamar, até mesmo no patamar de diretoria dos veículos de mídia, qual isenção pode existir quando um jornalista é pago para escrever sobre um produto. Vamos, também, comparar as reportagens
A cultura do jabá, disseminada no jornalismo, atende a um pequeno grupelho de pseudojornalistas que enxergam na profissão um status (e uma necessidade de adulação) absolutamente inexistente.
O consumidor de notícias têm o direito de saber quem o engana com “reportagens” que só interessam às empresas que pagam as benesses do jornalista.
O jornalismo só é bom de verdade se o jornalista sabe fazê-lo em seu quintal. Aos que consideram que a profissão só é nobre em viagens fora do país, fiquem atentos: vocês aparecerão todos aqui, com nome, sobrenome (e, quando possível, foto).
É uma vergonha, eu achava que isso não acontecia ou pelo menos que se podia evitar agora vejo que estamos nas mãos de pessoas sem escrúpulos
Quem acredita em imprensa merece ser enganado.
Não se pode generalizar as coisas, não é?
Estamos na luta também para acabar com essa corrupção a céu aberto aqui em Limeira.
Esta matéria é hipócrita.
Em todas as profissões existem os patrocinadores que premiam os mais diversos tipos de profissionais para difusão do seu produto ou da sua marca.
Isto chama-se “merchandising” e é usado por empresas para promover remédios, carros, televisores, autopeças, serviços, etc. e o publico alvo são os médicos, advogados, secretárias, vendedores, etc..
Não vejo porque discriminar o jornalista.